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Traficante Marcelo Piloto é condenado a 24 anos de prisão por homicídio cometido em 2018 no Paraguai

Traficante Marcelo Piloto é condenado a 24 anos de prisão por homicídio cometido em 2018 no Paraguai Após quatro dias de julgamento, o Tribunal do Júri Fed...

Traficante Marcelo Piloto é condenado a 24 anos de prisão por homicídio cometido em 2018 no Paraguai
Traficante Marcelo Piloto é condenado a 24 anos de prisão por homicídio cometido em 2018 no Paraguai (Foto: Reprodução)

Traficante Marcelo Piloto é condenado a 24 anos de prisão por homicídio cometido em 2018 no Paraguai Após quatro dias de julgamento, o Tribunal do Júri Federal do Rio condenou nesta sexta-feira (12) o traficante Marcelo Fernando Pinheiro da Veiga, o Marcelo Piloto, a 24 anos e 9 meses de prisão em regime fechado um assassinato cometido em 2018 no Paraguai. Considerado um dos mais perigosos traficantes do Comando Vermelho, Piloto foi condenado pelo homicídio triplamente qualificado (meio cruel, mediante dissimulação e para assegurar a impunidade dos crimes praticados no Brasil) de uma jovem de 18 anos. Ele participou do julgamento por videoconferência, por estar preso na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia. Piloto foi condenado por um homicídio cometido em 17 de novembro 2018, dentro da cela onde ele estava preso na Agrupación Especializada, um quartel da Polícia Nacional do Paraguai, onde ficam presos perigosos. Lidia Burgos, assassinada por Marcelo Piloto dentro da cela onde estava preso, no Paraguai Polícia Civil do Paraguai/Divulgação A vítima, Lidia Meza Burgos, de 18 anos, foi assassinada com 53 golpes de faca. A jovem - que era garota de programa - foi encontrada por policiais paraguaios com a faca cravada no pescoço. Ela chegou a ser socorrida com vida, mas não resistiu. Segundo a denúncia do MPF, a jovem foi vítima de uma emboscada arquitetada por Piloto. Ele atraiu a mulher para o local do crime ao argumento de que queria usufruir de seus préstimos como 'garota de programa'. No entanto, este era apenas um pretexto para que Lídia fosse ao encontro do acusado, no presídio em que se encontrava preso. De acordo com o MPF, após haver mantido relações sexuais com a vítima, no momento em que se encontrava completamente desprevenida, Marcelo Piloto a atacou, sem que Lídia tivesse qualquer chance de defesa, por não esperar o ataque e também por sua compleição física franzina, incapaz de conter a fúria mortífera de Marcelo Piloto. A denúncia do MPF afirma que, ao cometer o assassinato, Piloto pretendia responder pelo crime no Paraguai para não ser extraditado para o Brasil, para não cumprir as condenações pelos crimes praticados em território nacional. Marcelo Piloto esteve preso no país vizinho por 11 meses, até ter sido extraditado para o Brasil, em novembro de 2018. Desde então, ele está preso em presídios federais de segurança máxima. Marcelo Piloto foi preso em dezembro de 2017 no Paraguai, após passar uma década foragido as autoridades brasileiras. O assassinato de Lidia Burgos chocou a sociedade paraguaia pela brutalidade. Dois dias depois do crime, o então presidente do Paraguai, Mario Abdo Benitez, expulsou o traficante do país, sem esperar a conclusão do processo judicial de extradição. O crime ocorreu dentro da cela onde Piloto estava preso, em Assunção. A jovem era garota de programa e foi atraída ao local para um encontro sexual. Ela acabou vítima de uma emboscada. Segundo as investigações, após manter relações com a vítima, Piloto a atacou de surpresa com 53 facadas. O que diz a defesa A advogada Flávia Fróes declarou que vai recorrer porque o Ministério Público do Brasil não utilizou provas coletadas pela investigação da polícia paraguaia que, segundo ela, eram fundamentais para comprovar a inocência de Marcelo Piloto. "Marcelo se dignou a fornecer material genético pra confrontar com o sêmen encontrado na vítima. Ele também forneceu a senha do celular. Isso ia comprovar a inocência dele. Tudo que a defesa pediu que fosse juntado aos autos, e não foi, fez muita diferença. O placar do júri foi 4 a 3 pela condenação. Tenho certeza que o Tribunal Regional Federal vai determinar a inclusão dessa prova no processo". Começa o julgamento de Marcelo Piloto por assassinato em 2018