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Prisão de sargento da PM preso pela morte da esposa em Maricá é convertida em preventiva

Sargento da PM é preso pela morte da esposa em Maricá A Justiça manteve, após audiência de custódia nesta quarta-feira (17), a prisão do sargento PM Rena...

Prisão de sargento da PM preso pela morte da esposa em Maricá é convertida em preventiva
Prisão de sargento da PM preso pela morte da esposa em Maricá é convertida em preventiva (Foto: Reprodução)

Sargento da PM é preso pela morte da esposa em Maricá A Justiça manteve, após audiência de custódia nesta quarta-feira (17), a prisão do sargento PM Renato Cesar Guimarães Pina, de 42 anos, suspeito de matar a própria esposa, Shayene Araújo Alves dos Santos, de 27, em Maricá, na Região dos Lagos do RJ, nesta terça-feira (16). O segundo-sargento, que havia sido cedido pela Polícia Militar à Prefeitura de Maricá para trabalhar na Secretaria de Segurança Cidadã, foi preso em flagrante por feminicídio, após investigações que contradizem a versão inicial apresentada por ele. Durante a audiência de custódia, a prisão foi convertida em preventiva. "O fato de o crime ter sido cometido quando os filhos da vítima se encontravam na residência aumenta a reprovabilidade da conduta do custodiado. O regular andamento da instrução criminal deve ser garantido pela segregação preventiva do custodiado, porquanto a liberdade nesta fase processual poderia acarretar sérios gravames à colheita das provas necessárias ao julgamento da demanda, sobretudo diante da probabilidade de vir a influenciar negativamente o depoimento das testemunhas, que se sentiriam constrangidas ou até intimidadas em prestar o depoimento de forma livre", escreveu o juiz Rafael de Almeida Rezende. Após a prisão, na terça, feita pela Polícia Civil, Renato foi levado para sede da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, em Niterói, Região Metropolitana do RJ, e, posteriormente, transferido para a Unidade Prisional da PM, que também fica em Niterói. Shayene Araújo deu entrada em estado grave no Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara, levada pelo próprio marido, com um tiro na nuca. Na unidade de saúde, ela sofreu uma parada cardíaca, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, e morreu. Antes de ser levado à 82ª DP (Maricá), o militar contou a colegas de farda que a companheira teria pegado a arma a seu pedido e, acidentalmente, atirado contra si mesma. No entanto, ao entrar em contradição em depoimento, decidiu se manter em silêncio. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 RJ no WhatsApp Segundo o delegado Willians Batista, responsável pelo caso, a ocorrência foi inicialmente registrada como um suposto acidente, mas a análise da cena e os depoimentos de testemunhas revelaram um histórico de violência doméstica. “Essa ocorrência foi inicialmente apresentada na delegacia de Maricá como suposto acidente. Posteriormente, foi enviada para nossa unidade. Imediatamente iniciamos o trabalho no local do crime, bem como a perícia criminal. A análise da cena, do corpo da vítima e os depoimentos mostraram que a versão inicial dele era fantasiosa”, contou Batista. “Ele tinha o hábito de agredir a vítima, ameaçá-la com arma de fogo e até realizar disparos próximos a ela. Esse histórico de violência culminou nesse crime de feminicídio.” Testemunhas afirmaram que o casal vivia um relacionamento marcado por conflitos e episódios de violência doméstica, ainda que nenhum boletim de ocorrência tivesse sido registrado anteriormente. Uma vizinha contou à polícia que ouviu gritos momentos antes do disparo. Além disso, a família de Shayene entregou às autoridades imagens de câmeras de segurança de 2024, que mostram o sargento agredindo a companheira grávida. No vídeo, ele aparece dando um tapa e apontando a arma para o rosto dela. Shayene mantinha um relacionamento com o policial há cerca de 3 anos. Os dois tinham um bebê de apenas 7 meses. Com eles, morava também o filho de 9 anos da vítima, fruto de um relacionamento anterior. Imagens mostram Renato apontando uma arma para o rosto de Shayene Reprodução/TV Globo Na casa do militar, agentes da Polícia Militar apreenderam uma pistola e 14 projéteis. O g1 não conseguiu localizar a defesa do PM. Em nota, a Polícia Militar informou que equipes do 12º BPM (Niterói) conduziram o policial militar e sua arma à 82ª DP (Maricá), onde o caso foi inicialmente registrado. Ainda segundo a corporação, a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, além da 4ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) — unidade vinculada à Corregedoria Geral da PM — foram acionadas e estão responsáveis pela investigação. A Prefeitura de Maricá não disse se o PM será afastado das funções na cidade. Renato Cesar Guimarães e Shayene Araújo Alves Reprodução Após levar mulher baleada ao hospital, sargento da PM foi encaminhado à delegacia Bianca Chaboudet/g1